No dia em que te perdi
Nem uma lágrima me escorria pela cara. Era a
certeza que precisava para criar novos sonhos, novos caminhos e quem sabe novos
amores. Estava pronta despedir- me sem demoras, desejando que fosses feliz.
Antes assim fosse. Quando te olho nos olhos em jeito de despedida com a certeza
que nunca mais te fitaria com a intimidade de um casal e te vejo lavado em
lágrimas soluçando em desespero, negando o tão óbvio desamor, o meu
mundo ruiu.
Era tão mais difícil assim. Vi a minha súbita e recém
nascida paz fugir-me por entre os dedos com a mesma velocidade que
uma crescente angústia dilacerante se apoderou de todo o meu corpo.
A afirmação desesperada
do teu amor consumiu-me até às estranhas fazendo doer partes da minha alma e corpo que
eu nem sabia existir.
Nessa mesma noite,
desse mesmo domingo, enquanto choravas exausto agarrado à minha cintura e
eu te fazia festas na cabeça acalmando o teu desespero e prometendo a mim mesma
que te deixaria, voltei a apaixonar-me por ti.
A minha paz foi-se.
O meu amor ficou.
O meu amor ficou.
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