God is Love

Vamos falar de Deus.
Fui criada na igreja e ensinada a acreditar em Deus. Com o crescer, e por várias razões, fui afastando-me da igreja. Não foi uma ruptura, nem havia razões para isso. Apenas alterações no seio familiar, mudança de igreja, e a minha adolescência. Sempre fui uma miúda calma, mas cheia de opiniões próprias. Assim fui vivendo desde os meus 12 anos. Nunca rejeitei Deus, continuei a acreditar, e a ir a igreja esporadicamente acompanhando a família.
Num momento difícil da minha vida rejeitei Deus. Podia não ir a igreja, mas tentei sempre seguir, o que eu entendia ser, o seu maior propósito. O Amor ao próximo. Como poderia eu passar por coisas passar por coisas tão horríveis? Não tem lógica nenhuma, pois não? Então para quem é céptico parece coisa de maluquinhos não parece? Eu entendo. Tenho muitos amigos cépticos e muitas vezes fui questionada sobre as minhas crenças, em contraste com as minhas ideias ditas revolucionárias ou quase anarquistas diria um professor meu de filosofia, e demasiado open mind, até para quem não segue religião alguma. O melhor que consigo explicar é: Fui ensinada em Deus, e acredito que se não tivesse sido ensinada, talvez não acreditasse. O que não defrauda o que sinto. É como o Amor. Eu entendo amar, porque fui ensinada que Amor é real.
Amo o meu filho, o meu marido, a minha família e amigos. E mil pessoas poderão dizer-me, embora não o façam, que os sentimentos que nutro pelo meu filho estão apenas relacionados com necessidades biológicas, disseminação de genes e propagação da espécie. Poderão dizer-me que o que sinto pelo meu marido é apenas, necessidades de acasalamento, hormonas e feromonas, e que o que sinto pela minha família e amigos é necessidade de sentimento de pertença e matilha. Ora não desacreditando que tudo isso seja verdade, não entendo ser apenas isso. Entendo que os amo, e sinto e emociono-me com esse amor, todos os dias.
Assim é a fé, sinto-a e emociono-me com ela todos os dias. Se acredito em maças, cobras, e gravidez pelo espírito santo? Não sei, e pouco me importa. Acredito que o Deus cristão é único e soberano? Já não. Se existem outras religiões com as quais me identifico mais do ponto de vista intelectual e da lógica? Sim. O que acredito é que há algo mais para além da matéria, do corpo e da mente. Acredito que cada pessoa, cultura ou povo chame a este fenómeno diversos nomes, e escolham diversos rituais a respeito.
Acredito no Amor e na Fé.

Sinto-os e emociono-me com eles todos os dias. 
P.S. A foto responde à pergunta recorrente: Achas que se pode brincar como santo nome de Deus?

A resposta é Hell  Yeah.


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